Publicação: 23 de abril de 2009Categorias: Notícias

 Campanha pelo controle ético de animais domésticos

Diariamente nos deparamos com dezenas de animais pelas ruas de Aracaju, além de trazer ameaças a saúde pública, os mesmos ficam sujeitos a todos os tipos de crueldades. A OMS (Organização Mundial de Saúde) afirma que a captura e extermínio de animais é um método caro, cruel e ineficaz de controle populacional, uma vez que a taxa de crescimento da população canina e felina sobrepõe a capacidade de eliminação.

Dados da American Humane Society alertam que uma gata não castrada pode ser responsável por 420 mil filhotes durante seu período de procriação (7 anos). Da mesma forma, uma cadela gerará 67 mil descendentes em seis anos. A OMS orienta a esterilização em massa de cães e gatos e trabalhos educativos sobre posse responsável como forma de garantir a saúde pública e o bem-estar animal.

Maltratar animais é crime (Lei 9.605/98) e queremos que as crianças brasileiras cresçam respeitando todas as criaturas vivas, pois essa é a primeira lição para respeitar ao próximo. Queremos um Brasil ético e justo para humanos e animais.

Em Aracaju, segundo dados do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) 428 cães foram diagnosticados com Leishmaniose visceral e 258 sacrificados só no ano de 2007. Em humanos foram constatados 12 casos no ano de 2004, 14 casos em 2005, 21 casos em 2006 e 24 casos em 2007, o que mostra claramente que a doença está crescendo a cada ano e que o método de controle utilizado é ineficaz, colocando em risco vidas humanas e animais.

E é a legitimidade democrática que nos confere representatividade, para apresentar a todos os brasileiros e a cidadãos de outros países, que expomos o nosso grito de repúdio, de compaixão e espanto contra atos que desmerecem a razão, rebaixam o espírito e denigrem a espécie humana. Para isso solicitamos urgentemente:

1- Políticas públicas de esterilização de animais domésticos, como forma de controle populacional, através de convênios com clínicas veterinárias, ONGs, associações e hospital veterinário;

2- Trabalhos educativos (posse responsável e educação para saúde) constantes em escolas e bairros da nossa cidade;

3- Ações efetivas contra a Leishmaniose "Calazar", combatendo o mosquito vetor da doença conforme o Manual da Vigilância e Controle da LV (Leishmaniose visceral), que orienta trabalhos educativos, controle químico, saneamento básico e identificação do foco (vetor).

Fonte: AMA (Amigos dos Animais)