Publicação: 24 de maio de 2017Categorias: Notícias

“Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim”. O trecho da canção de Elza Soares é a representação clássica e histórica da resistência da mulher à violência doméstica e seu processo de empoderamento. E essa palavra, que traz a concepção de ter poder sobre si e sobre as situações de sua vida recebe um maior significado a partir da ascensão da luta feminista, influenciando livros, filmes e outras produções a abordarem a temática. Uma destas produções é a obra ´A Fórceps´, da jornalista Vivian Reis, publicado pela Editora Diário Oficial do Estado de Sergipe (Edise), que será lançada no próximo dia 30, às 17h, no Museu da Gente Sergipana Gov. Marcelo Déda, em Aracaju.

A narrativa ficcional conta a história de Janete representando milhões de mulheres que vivem no país que possui a quinta maior taxa de feminicídio do mundo, segundo o Mapa da Violência 2015: Homicídio de Mulheres no Brasil, da Organização das Nações Unidas (ONU). Com viés feminista, onde uma mulher assume o protagonismo da obra, ´A Fórceps´ nos leva a refletir acerca do contexto social em que tantas “Janetes” vivenciaram ou ainda vivenciam no país. Aprendiz de feminista, como a própria Vivian Reis se identifica na apresentação de sua obra, a autora explica que o principal objetivo do livro é fazer com que outras mulheres se identifiquem com a personagem principal e busquem inspiração através dela.

Para o presidente da Empresa de Serviços Gráficos de Sergipe (Segrase), Ricardo Roriz, “o livro traz uma discussão extremamente pertinente para a nossa sociedade, nos proporcionando uma reflexão acerca da luta pela igualdade de direitos entre os gêneros”.