Publicação: 20 de janeiro de 2006Categorias: Notícias

“Rico também gosta do pagodão sim”

A banda Psirico entra na avenida ao som de muito pagode nesta primeira noite de festa aqui na avenida. Do camarote ouve-se a frase: “Já vem aquele bando de pobre”. Sim, o comentário aconteceu. Assim,cabe uma pergunta: só “pobre” gosta de pagode?


“Acho que não é por ser pobre. O ritmo é contagiante, envolvente. Pagode é coisa do outro mundo. Não tem coisa melhor nessa vida”, afirma a secretária Telma Tavares Góis, 23.

“Não há barulhinho pior nos ouvidos que isso. Certamente o nível social, cultural, político e familiar influencia nos gostos dessa garotada. Pagode baiano nunca foi música. É só um barulho com as mesmas batidas o tempo todo”, diz o estudante de economia André Costa Silveira, 25.

“Acho que rico também gosta do pagodão sim. Na hora de ouvir em casa deitado ninguém vai parar para ouvir o pagodinho, mas na hora do vamos ver, aqui na folia, todo mundo se joga. Esquecem preconceitos, ideologias e filosofias de vida. Acho que o pagode merece respeito assim como o axé. Eu mesmo não gosto de nenhum dos dois mas estarei aqui pulando todos os dias. Tudo pela farra”, desabafa o estudante de administração Paulo Henrique Menezes, 29.

As opiniões são diferentes, mas a idéia por aqui é uma só: muita diversão!