Araripe Coutinho levou amor às mulheres em situação de prisão. “Wanexxxka, quero que você conheça este trabalho e conte tua história de vida para elas. Estas mulheres estão na solidão, esquecidas, precisam ser vistas, lembradas e amadas”.
O poeta sempre levava um convidado diferente ao Presídio Feminino (Prefem), localizado na cidade de Nossa Senhora do Socorro. Para mim foi um momento único. Passei pelo menos três dias sem sentir direito o chão… Um bate papo informal regado a poesia, confissões íntimas e novas amizades. E testemunhei feliz a ousadia cativante do poeta: “Dizem que aqui não se pode fotografar, mas eu fotografo sim, porque o mundo precisa conhecer estas mulheres”.
Ousado, lindo, puro sentimento… Pela ´Oficina da Palavra´, uma ação que integra o ´Projeto Florescer´ do MP/SE, Ará levou esperança aos corações que necessitavam de uma nova chance. E o que ele plantou vai gerar bons frutos, não tenho dúvida. #RIP Araripe Coutinho.
Waneska Cipriano
Da Redação Inclusão Social
Fotos: Arquivo Araripe Coutinho