Publicação: 6 de dezembro de 2019Categorias: Notícias

Foto: Acervo ICMBio

Agora no final do ano o caranguejo-uça está em fase reprodutiva, também chamada de “andada” e que fica mais evidente entre a lua cheia e a lua nova. Nesta época, os caranguejos saem das tocas para liberar os ovos no manguezal. Neste período, o crustáceo fica muito magro. Mesmo assim,  o consumo não diminui, principalmente nas dezenas de praias espalhadas por Sergipe.

É da cultura popular a afirmação que nos meses que possuem letra “r” no nome (setembro, outubro, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro, março e abril) os caranguejos estão magros. A carne também fica mais mole e o sabor é um pouco diferente.

Historicamente, Sergipe sempre teve o caranguejo como símbolo da sua culinária e da cultura. Margeada por mangue, habitat dessa espécie de crustáceo, a costa sergipana sempre produziu muitos caranguejos. Mas a importância não é só cultural e gastronômica, e também econômica e social. É um elemento de sustentação de várias famílias e gerador de renda.

Historicamente havia 1,8 mil famílias que dependiam da coleta do caranguejo. Hoje essa quantidade aumentou muito por conta do seguro-desemprego concebido no período do defeso.