Publicação: 8 de junho de 2015Categorias: Notícias

internetVocê já ouviu falar em sexting? O termo originário do inglês representa a veiculação de mensagens de conotação sexual (fotos, textos, vídeos etc.) pelos meios digitais. A prática vem se tornando cada vez mais comum, principalmente entre adolescentes.

As consequências desse ato podem ser irreversíveis, afinal boa parte dessas imagens, posteriormente, vai parar em páginas na internet de conteúdo pornográfico, manchando a reputação de crianças e jovens. Segundo pesquisa da Safernet no Brasil – especializada em crimes e segurança na internet -, pelo menos 12% das crianças e adolescentes consultados admitiram ter publicado fotos íntimas na web. O Portal Boa Vontade (www.boavontade.com) conversou com o psicólogo Rodrigo Nejm, diretor de prevenção da Safernet no Brasil. Para ele, a exposição excessiva pode trazer efeitos danosos, como a exploração sexual. Vale a pena conferir a entrevista completa.

Em muitos dos casos, os abusadores se passam por adolescentes ou jovens e, assim, conquistam a confiança de quem está do outro lado, conectado, explica o especialista. A escola, que na opinião dele deve dialogar sobre o tema, e a família, que precisa estar de olho e aprender a se proteger, têm papel preponderante na segurança desse público. Dados da Safernet em 2014: 224 pedidos de ajuda nos canais de atendimento para casos de sexting (aumento de 120% em relação a 2013); 81% desse total são meninas. O que muitos não sabem é que, entre outras graves consequências, quem oferece, troca, disponibiliza, transmite, distribui, publica ou divulga, por qualquer meio, conteúdos que contenham cenas de sexo ou pornografia, envolvendo crianças ou adolescentes pode ser preso.

A pena varia de três a seis anos, nos termos do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA). A Safernet possui um canal de ajuda (www.canaldeajuda.org.br) no qual crianças, adolescentes e famílias recebem orientações sobre como denunciar esse tipo de crime.